
A afirmação foi proferida por Mark Honeychurch, vice-presidente da Humanists Society of New Zealand, uma organização membro da Humanists International. Honeychurch fez a intervenção por vídeo na 57ª sessão do Conselho de Direitos Humanos durante a adoção do relatório da Revisão Periódica Universal (UPR)* da Nova Zelândia. As organizações acolheram a intenção declarada da Nova Zelândia de fortalecer os direitos dos migrantes e melhorar a legislação sobre violência de gênero.
Embora a declaração tenha notado as áreas importantes de progresso comprometidas pela Nova Zelândia, ela também destacou algumas ações recentes do Governo que podem colocar seus compromissos declarados em risco. Isso inclui a redução da função do Whaikaha, o Ministério das Pessoas com Deficiência, e a desativação do Te Aka Whai Ora, a Autoridade de Saúde Māori. Honeychurch acrescentou: “O compromisso do Governo no UPR para alcançar a equidade nos resultados de saúde não deve deixar para trás os Māori ou aqueles com deficiências.”
Grande parte da declaração se concentrou na necessidade de enumerar direitos para protegê-los. Atualmente, há uma revisão em andamento da Law Commission na Nova Zelândia, analisando características sexuais, identidade e expressão de gênero como motivos proibidos de discriminação. As organizações pediram a inclusão explícita dessas características como protegidas pelo Human Rights Act. Elas também pediram que o Estado esteja aberto ao diálogo sobre a inclusão de direitos econômicos, sociais e culturais no Bill of Rights Act, a fim de protegê-los de retrocessos.
Finalmente, a declaração apelou ao Governo para salvaguardar os direitos dos Māori, considerando uma revisão do estatuto jurídico do Tratado de Waitangi e comprometendo-se novamente a ratificar a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Houve pouco movimento sobre isto desde 2022.
*A Revisão Periódica Universal (RPU) é um processo da ONU que envolve uma revisão periódica dos registos de direitos humanos de todos os 193 Estados-Membros da ONU, entre si. É um mecanismo único de direitos humanos, na medida em que aborda todos os países e todos os direitos humanos. O Grupo de Trabalho sobre a RPU, composto pelos 47 Estados-Membros do Conselho dos Direitos Humanos e presidido pelo Presidente do Conselho dos Direitos Humanos, realiza análises dos países. Humanistas Internacionais apoia seus membros em envolvimento com o processo.
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