
Durante um diálogo interativo com o Representante Especial, Oficial de Advocacia da Humanists International, Leon Langdon, entregou uma declaração destacando as violações dos direitos humanos e obrigações de denúncia do Vaticano.
O Vaticano – conhecido como a “Santa Sé” na ONU – é um Estado Observador da ONU e assinou a Convenção dos Direitos da Criança e a Convenção contra a Tortura. No entanto, os Comitês que supervisionam a implementação dessas convenções descobriram que a Santa Sé violou ambas, em muitas acusações.
A declaração destacou o fato de que o Comitê dos Direitos da Criança encontrou falhas graves da Santa Sé em termos de violência contra a criança, incluindo tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, castigos corporais e abuso sexual, por seu clero. Enquanto o Comitê contra a Tortura estabeleceu que a Santa Sé supervisionou a violência contra crianças, incluindo por meio de sua venda e sequestro por seu clero.
Apesar dessas graves violações, ambos os Comitês ainda aguardam relatórios de acompanhamento atrasados da Santa Sé e evidências de que alguma ação corretiva tenha sido tomada.
A declaração dizia: “É essencial que a Santa Sé, particularmente como um Estado observador da ONU, seja totalmente responsável quando se trata de obrigações de direitos humanos, incluindo os direitos da criança”.
Em 2021, um grupo de especialistas da ONU expressou sua “maior preocupação com as inúmeras alegações ao redor do mundo de abuso sexual e violência cometidas por membros da Igreja Católica contra crianças” e instou a Santa Sé a tomar todas as medidas necessárias para parar e prevenir a recorrência de violência e abuso sexual contra crianças em instituições católicas, e para garantir que os responsáveis sejam responsabilizados e que reparações sejam pagas às vítimas. Como a declaração da Humanists International apontou, “Mais uma vez, isso ainda não aconteceu.”
Imagem em destaque por Seifeddine Dridi on Unsplash.