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Humanistas apelam a Portugal para reforçar laicidade nas instituições públicas

  • Tipo de postagem / Notícias sobre Advocacia
  • Data / 26 Março de 2025

A Humanists International e seu membro associado português, a Associação para o Republicanismo e o Secularismo, fizeram uma declaração conjunta na 58ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, pedindo que Portugal reforce a separação entre religião e Estado nas instituições públicas, particularmente na educação e na governança.

Falando durante a Revisão Periódica Universal (UPR)* de Portugal, Miguel Duarte da Association for Republicanism and Secularism saudou o envolvimento de Portugal no processo e seu comprometimento com os direitos fundamentais, incluindo liberdade de pensamento, consciência, religião e crença. No entanto, ele destacou preocupações contínuas sobre a influência religiosa patrocinada pelo estado na vida pública.

A afirmação sublinhou a necessidade de as escolas públicas portuguesas permanecerem espaços neutros para todos os alunos, em termos de religião ou crença. Enquanto Portugal aceitou várias recomendações da UPR sobre o direito à educação, os humanistas levantaram preocupações sobre a priorização da educação religiosa em detrimento da alfabetização científica, a presença contínua de símbolos religiosos como cruzes em salas de aula e relatos de pressão sobre os alunos para frequentarem a instrução religiosa. Além disso, eles criticaram o uso do dinheiro dos contribuintes para pagar professores de educação religiosa, questionando a justiça dos fundos públicos que apoiam a instrução religiosa.

Embora tenham acolhido com satisfação o compromisso de Portugal em combater a discriminação na vida pública, as organizações manifestaram preocupações sobre o apoio financeiro contínuo a entidades religiosas por meio de isenções fiscais e subsídios diretos, enfatizando que os fundos públicos devem servir a todos os cidadãos igualmente, sem privilégios religiosos.

Concluindo, a Humanists International e a Association for Republicanism and Secularism instaram Portugal a cumprir integralmente as suas obrigações internacionais em matéria de direitos humanos, garantindo que as instituições públicas operem com base em princípios democráticos e não em doutrinas religiosas.

*A Revisão Periódica Universal (RPU) é um processo da ONU que envolve uma revisão periódica dos registos de direitos humanos de todos os 193 Estados-Membros da ONU, entre si. É um mecanismo único de direitos humanos, na medida em que aborda todos os países e todos os direitos humanos. O Grupo de Trabalho sobre a RPU, composto pelos 47 Estados-Membros do Conselho dos Direitos Humanos e presidido pelo Presidente do Conselho dos Direitos Humanos, realiza análises dos países. Humanistas Internacionais apoia seus membros em envolvimento com o processo.


Foto por Rodrigo Curi on Unsplash

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